Você já imaginou como atitudes simples, como comprar um ingresso de cinema ou pagar contas pela internet, podem ser um enorme desafio para algumas pessoas? Pensando nisso, entidades, empresas e universidades se uniram para criar o movimento Web Para Todos (WPT), lançado no último dia 20 no Google Campus São Paulo. A ideia é manter uma plataforma colaborativa que possa derrubar barreiras da acessibilidade digital.

O portal está aberto para receber contribuições dos usuários, que podem relatar suas experiências, positivas ou negativas, de navegação em sites brasileiros. Com esse material, a equipe irá analisar cada caso e encaminhar aos responsáveis para providências, se necessário. A cada seis meses, o Web Para Todos também deve disponibilizar uma avaliação de sites de instituições em um setor específico da sociedade.

Na primeira edição de testes, o tema escolhido foi Educação. As páginas das 10 melhores universidades e das 10 melhores escolas do ensino médio, segundo dados do governo federal, foram vistas por especialistas. Os resultados indicaram que 31,7% delas têm problemas na descrição das imagens e 21,7% não têm descrição de nenhuma das imagens. Cerca de 55% apresentaram falhas em parte dos links e 35% tinham parte dos elementos com tamanho inapropriado.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílios (PNAD) de 2014, o percentual de pessoas com deficiência que usam com frequência a internet no país é de 57% – acima da média brasileira, que é de 54%. No entanto, a qualidade do serviço prestado está longe do ideal. Conforme levantamento divulgado pelo WPT, 95% dos sites no Brasil não são acessíveis como deveriam.

O movimento disponibiliza ainda uma seção para que organizações públicas e privadas entendam como adequar seus sites, contribuindo para a construção de uma internet mais inclusiva. A troca de conhecimento é possível por meio de cartilhas, vídeos, fóruns e outras atividades.

O Web Para Todos surgiu de uma ação conjunta entre o NIC.br / Ceweb.br, com auxílio institucional do W3C Brasil e parceria com entidades como Fundação Dorina Nowill, Fundação Fenômenos, Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação da Escola de Direito da FGV SP, Associação Laramara, Instituto Mara Gabrilli, Instituto Rodrigo Mendes, MATAV-Unesp, ONCB – Organização Nacional de Cegos do Brasil, ProDeaf, Santa Causa, Secretaria da Pessoa com Deficiência do Município de São Paulo, Singolla, Trama Comunicação, e com o apoio de mídia do portal Vida Mais Livre e da Revista D+.

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Foto: Divulgação