A abertura da semana do idoso realizada
pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa do DF, a
Secretaria de Estado de Políticas para as 
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do GDF (SEMIDH), a
Defensoria Pública do DF e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República iniciou nesta segunda (28), no auditório da Defensoria.

De hoje à amanhã será realizado ciclos
de palestras e oficinas voltadas para políticas públicas à população idosa. O
objetivo é qualificar e empoderar não só os membros de entidades e da rede de
atendimentos aos idosos, mas também os próprios idosos.

As duas palestras dessa tarde contaram
com a presença de integrantes da Defensoria Pública do DF e da Universidade da
Maturidade – UMA, que é um projeto de extensão da UnB realizado em parceria com
a Universidade Federal de Tocantins para educação e sensibilização ao
envelhecimento.

A primeira fala ficou por conta da
doutoranda Dayani Galato e a mestranda Kerolyn Ramos, que discutiram a velhice,
e em seguida, a Defensora Pública Paula Regina abordou sobre a violência e a
pessoa idosa.

Discutindo a velhice                         

Dayani e Kerolyn realizaram uma oficina
com intuito de fazer os participantes refletirem sobre a velhice e suas
vertentes, além de formar agentes de informação. O objetivo foi provocar os
participadores para se colocarem no lugar da pessoa idosa.

De acordo com as oficineiras, o
objetivo da dinâmica é instigar e formar novas opiniões sobre o idoso, fazendo
com que respondam perguntas sobre a velhice e o que imaginam sobre o futuro
quando forem mais velhos. “O objetivo é incomodar, fazer com que pensem no
outro como se fosse em si próprio, quebrar estigmas e paradigmas”, afirmaram.

A oficina que foi baseada em perguntas
provocativas, resultou em um debate enriquecedor e com muita troca de
experiências, além de relatos para desejos futuros.

A violência e a pessoa idosa

A Defensora Paula iniciou sua palestra
explicando a nomenclatura sobre o idoso. Afirmou que o termo “velho” e “idoso”
não é errado e nem uma ofensa. Afirmou ainda que, o termo “velho” é o
antagonismo do novo.

A fala da Defensora foi baseada nas
violências e nos crimes tipificados no Estatuto do Idoso. Além disso,
exemplificou os tipos de violência e como elas são mascaradas e até
despercebidas no dia-a-dia. 

Ainda abordou o perfil do idoso que é
agredido, independente do tipo de violência, e do seu agressor, que na maioria
das vezes, está dentro de casa e é o ultimo suspeito.

E afirmou que embora as violências
estejam sendo mais conhecidas e que existam canais de denuncias, ainda não há
muita apuração o que consequentemente leva a falta de dados sobre quais são as
violências cometidas.