Dados do Ministério da Justiça revelam que a população carcerária atual do Brasil é de mais de 560 mil presos, número que é quatro vezes maior do que o registrado há 20 anos.

Porém, não existe infraestrutura adequada para esta quantidade de detentos, já que o déficit de vagas nos presídios chega a 200 mil. Essa superpopulação seria apenas um dos problemas apontados no sistema prisional brasileiro.

Segundo  a organização não-governamental Centro Internacional para Estudos Prisionais, o Brasil é o quarto no ranking dos países com maior população carcerária, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia. Situação que traz preocupação e a necessidade de discutir formas de mudar essa realidade. Para este especialista, o sistema prisional brasileiro como está, não é capaz de ressocializar o preso.

Mudar esse cenário é um desafio que, para ser superado, precisa recorrer a diversas alternativas.

Soluções que, se forem aplicadas, podem mudar essa realidade e incluir o Brasil em outro tipo de ranking: o dos países que são modelos nessa área, como é o caso da Suécia, que tem um sistema penitenciário que conta com investimentos na reabilitação dos prisioneiros, adoção de penas mais leves em alguns delitos e revisões judiciais que optam por penas alternativas, como a liberdade vigiada. Com isso, precisou fechar quatro prisões. Pelo mesmo motivo, a Holanda também fechou oito presídios. E é nesse ranking que o Brasil precisa estar.