Neste primeiro mês de execução do projeto, o foco do grupo será
mapear os possíveis parceiros, as regiões administrativas do DF mais
vulneráveis e planejar atuação para o primeiro semestre de 2017

O Centro de Referência em Direitos Humanos do Distrito
Federal, que foi inaugurado em 2012 em Brasília e tem sido coordenado pela
OSCIP União Planetária em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República (SDH/PR), retomou as atividades nesta primeira semana
de fevereiro.
Com uma nova equipe multidisciplinar, composta por
uma advogada, psicóloga, assistente social, atendente, assessoria de imprensa e
uma coordenadora, o CRDH/DF pretende continuar as ações que vinha desenvolvendo
nos anos anteriores, mas, desta vez, com foco na questão da moradia. O
compromisso do grupo este ano é trabalhar para que o direito à moradia saia do
papel e seja assegurado a toda a população do DF. Além disso, as profissionais pretendem
acompanhar denúncias de violações e trabalhar para solucionar conflitos
relacionados a essa pauta.

O
primeiro encontro oficial da nova equipe que vai ficar à frente do Centro, que
foi selecionada na
chamada pública de 25 de janeiro de 2017, aconteceu nesta semana. As novas integrantes, que já têm um histórico
de militância pelos direitos humanos, se mostraram animadas e entusiasmadas com
o projeto. Neste primeiro mês de trabalho, elas vão focar no mapeamento de
possíveis parceiros e atendidos, bem como na metodologia de trabalho e no
planejamento das atividades do CRDH para o primeiro semestre de 2017. Segundo a
coordenadora-geral, Mayane Burti, este ano elas vão priorizar as demandas
coletivas, que venham, por exemplo, das ruas, dos movimentos sociais,
associações, entre outros. Além disso, pretendem ser um projeto que vai além de
um “balcão de atendimento” ou um espaço de acolhimento. “Não queremos ficar
apenas esperando as demandas chegarem até o Centro. Queremos ir às ruas, como
fizemos com o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a pessoa idosa (NEVPI),
que era uma extensão do CRDH. Em 2015, priorizamos as ações itinerantes e
vimos que essa estratégia deu muito certo. Em um ano, conseguimos atender mais
de mil pessoas, em diversas regiões administrativas do DF, levando os mais
diversos tipos de atendimentos especializados, como psicossocial e orientação
de um advogado”, ressaltou.  

Uma das
metas do grupo para o futuro é virar referência no DF na luta e promoção dos
direitos humanos, por isso elas pretendem não apenas focar nos atendimentos,
mas desenvolver ações que priorizem capacitações e produção de conhecimento com a temática de direitos humanos.   

Burti
também destacou que o Centro pretende fortalecer as parcerias já firmadas com
instituições do poder público, a exemplo da Defensoria Pública do DF, bem como
continuar a interlocução com a Rede e os demais CRDHs espalhados pelo Brasil, a
fim de conjugar esforços no combate à violação de direitos humanos no país. 

Atendimentos na sede do CRDH

Embora o
público-alvo do Centro nessa nova fase sejam as pessoas que vivem em áreas de
conflito de moradia, qualquer pessoa que tenha seus direitos fundamentais
violados pode procurar o CRDH/DF, que está localizado na galeria do Hotel
Bonaparte, no Setor Hoteleiro Sul, na capital federal. Contudo, de acordo com Burti,
a inauguração do espaço vai acontecer só no final de fevereiro (em data que será
ainda divulgada). No espaço, serão disponibilizados para a sociedade,
gratuitamente, atendimentos jurídico, social e psicológico. Os atendimentos
acontecerão de segunda-feira à sexta-feira, das 09h às 18h.

CRDH/DF nos anos anteriores

Segundo dados da União
Planetária, o Centro de Referência em Direitos Humanos do DF já atendeu mais de
3 mil pessoas em quatro anos. Desse total, cerca de mil atendimentos foram
feitos pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, atingindo
e superando todas as metas projetadas pela equipe.

Dúvidas ou mais informações sobre
o CRDH/DF podem ser obtidas nos telefones (61) 3368-3421 ou no 0800 648
6067. Denúncias de violações de direitos humanos também podem ser feitas por
meio do Canal de Direitos Humanos – o Disque 100, que é gratuito e funciona 24h
por dia.