Por Câmara Legislativa do DF

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Vale (PT), rebateu na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta terça-feira (3) nota divulgada pela bancada evangélica pedindo revogação de portaria da secretaria de cultura. A portaria cria a política de fomento a cultura LGBT.

Vale considerou que a nota é muito dura e homofóbica. Para ele, a Câmara tem o papel de defender as minorias, especialmente, a comunidade LGBT, que sofre muito com o preconceito e a violência. “A sociedade está muito intolerante. Todos nós somos seres humanos, não importa a orientação de gênero”, assinalou.

O deputado Rodrigo Delmasso (Podemos), líder da bancada evangélica, explicou que pediu a revogação da portaria por entender que um grupo não poderia ser favorecido por causa de uma opção. O deputado acha que todos devem ter o mesmo tratamento, caso contrário, os demais segmentos serão discriminados. O deputado ressaltou que é contra qualquer tipo de discriminação e defendeu uma campanha contra todos os tipos de discriminação.

Reitor – O deputado Raimundo Ribeiro (PPS) parabenizou o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pela nota divulgada ontem (2) contra a espetacularização do processo penal. A nota aborda o caso do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, que foi afastado, preso, filmado e acabou cometendo suicídio. Na opinião de Ribeiro, Cancellier foi vítima da espetacularização e humilhado, não suportou a vergonha e o vexame que lhe foi imposto.

O deputado destacou que o reitor tinha uma trajetória ilibada, nenhuma acusação de corrupção, e foi preso porque não teria dado seguimento a um processo administrativo da gestão anterior. “De um dia para o outro, seu nome foi jogado na lama”.

Raimundo Ribeiro também classificou como “grande besteira” a declaração da juíza do caso que considerou o suicídio uma confissão de culpa. Para ele, o caso é exemplar de como a Justiça e a mídia agem com desrespeito total com a trajetória de vida das pessoas. “Quem é que vai ser responsabilizado pela morte do reitor, a juíza, o promotor, o delegado, quem denunciou?”, questionou, destacando que existem “células cancerígenas nos veículos de comunicação e nos órgãos de controle social que promovem a espetacularização”.

Foto: Carlos Gandra